terça-feira, 20 de abril de 2010

DRA. GEORLIZE FALA DO CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O USO DE DROGAS.

Em entrevista ao Programa Integração na segunda-feira,(19) ao Pr. Danie Fortes, a Dra. Georlize fala sobre a importância do grupo vulneráveis no acompanhamento às famílias, as crianças e os adolescentes que tem aumentado a incidência de violência, e já se faz necessário mais pessoas trabalhando nesta área, a mulher sempre foi vitima neste segmento, o idoso não era um público visível, mas hoje a partir da conquista dos idosos a demanda também tem aumentado e agente pode perceber que grupo vulneráveis tem tido uma importância mito grande neste segmento.

A Dra. Georize deixa bem claro que nenhum cidadão deve praticar a violência e todo aquele que for vitima de violência deve procurar a lei, as pessoas devem se conscientizar que quem tem que ter vergonha é quem bate, as pessoas não podem se calar por vergonha de ter apanhado, ser vítima não é vergonhoso, e muitas vezes as mulheres são agredidas por um bom tempo antes de denunciar o medo ou vergonha, infelizmente a maioria das mulheres são agredidas dentro de casa, gerando um reprodução de filhos violentos, ou crianças que se tornam pessoas acuadas, a violência destrói toda uma família.

PR. Daniel- Dra. Georize em menos de 4 anos, mais de 180 inquéritos foram abertos para apurar o abuso infantil, crianças expostas à mendicância. Como a senhora vê esta situação para com as crianças?

Dra. Georlize – é bom que se frize que este número que o Sr acabou de dar é só de abuso sexual, desta violência de crianças que são levadas a mendicância pelos seus pais, tem um número alto. Pastor é preciso que os pais se preocupem com que filhos você está oferecendo ao mundo, nós sociedades não podemos silenciar diante da exploração sexual infantil, é preciso que a sociedade denuncie. As mães precisam ficar em observação dos filhos, é preciso que os pais tenham mais atenção para com os adolescentes, nos formamos esta sociedade, então temos que ter um olhar mais atento para com nossos filhos, não podemos ser relapsos, precisamos olhar para os nossos filhos. A criança dá sinais e violência pelo corpo, pelo comportamento e os pais precisam estar atentos ao comportamento dos filhos.
Pr. Daniel Fortes – Dra. Georlize está aumentando o número de mães que acorrentam seus filhos, é a única maneira que estas mães encontram para proteger seus filhos. Mas uma mãe foi acusada de cárcere privada e foi condenada. A senhora concorda com esta medida?

Dra. Georlize - Eu entendo a dor de uma mãe que tem que acorrentar seu filho, nenhuma mãe que fazer isto, mas é o que a mãe pode fazer, já que o estado esta omisso, o estado não faz o seu papel e aí a mãe fica desesperada, e faz o que pode.

Pastor veja a angustia, uma pessoa vem me pedir ajuda e eu não tenho como ajudá-lo, mas esta mesma pessoa acaba cometendo uma besteira, porque não houve ajuda, e aí sou obrigada a prender esta pessoa que me pediu ajuda e eu não pude ajudar, por falta de estrutura, mas depois de cometer uma besteira o estado acolhe, quer dizer pra tratar não há condições, mas pra punir tem.

Então os valores são trocados.

É preciso centro de reabilitação que tenha condições de tratamento.

Pr. Daniel Fortes - A justiça diz que a criança que usa droga não pode ser internada se não for de sua vontade, porque tem que respeitar a sua vontade, agora respeitando a sua decisão, aí eu pergunto que poder de decisão um adolescente que tem a mente já completamente destruída com o uso de drogas pode ter? Agora se a criança cometer algum delito os país são responsabilizados. Então é uma situação difícil para estes pais. Eu acho que estas pessoas que usam drogas estão doentes, precisam ser ratadas. A senhora não acha que a justiça esá sendo injusta para com estas mães?

Dr. Georlize - Me parece até legalmente um equivoco, são dois pesos, duas medidas, neste caso eu sou arbitrária, são entraves burocráticos que não auxiliam em nada ao contrário acabam prejudicando. O problema é que o Caps não tem acompanhamento, é o único meio de reabilitação que temos, mas não é estruturado, as mães não tem condições de estarem indo e vindo, estas famílias muitas vezes são assalariados e não tem dinheiro nem para passagem, então é preciso que se faça uma estrutura de verdade, que se faça uma luta contra esta desgraça que é a droga.

Eu me recuso a ser desumana, é preciso que as pessoas que lidam com o público tenham sensibilidade, sejam pessoas humanas, tem pessoas que confundem o que é ser servidor público, ser servidor público é servir ao púbico. Se eu estou trabalhando para o povo eu preciso servir, é preciso que tenhamos uma visão de estado, um olhar comprometido com o que eu faço, o drogado não tem força de sair, porque a droga o domina, e o estado precisa recuperar esta pessoa.

Pr. Daniel Fortes – Dra. Georlize, eu estou torcendo para que a justiça possa se sensiblizar, eu espero que uma porta se abra para mim, pra que eu possa me dedicar a criação de um centro de tratamento que seja referência, que tenha um transporte para buscar, para levar, que tenha terapeutas, que tenha ambulatório, mas não é que eu queira criar não, mas juntar 2 ou 3 que já estão na ativa para formar um só. É preciso dar atendimento a quem não possa pagar, eu vou lutar, pode ter certeza Dra. que em breve a senhora poderá contar com esse centro.

Dra Georlize – eu acredito nisto, eu acredito nos homens de boa vontade, e pode ter certeza pastor que o que e um grupo de colegas que estão fazendo este atendimento, estamos a sua disposição, o senhor pode contar conosco, a nossa Judá é pequena, mas o senhor sabe que não disponibilizamos de recursos mas no que for preciso, e no que nós pudermos ajudá-los, pode contar conosco. Eu creio que este centro vai vir, porque a sua fé será concretizada. Conte conosco.

A Dra. Georlize encerou a entrevista dando o número do disque denuncia estadual que é 3213-7000 inclusive pode ligar a cobrar, o telefone do centro é 3211-1510 ou pode ir pessoalmente, eu recebo todos sem problemas eu estou o dia inteiro na delegacia.

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